terça-feira, 29 de setembro de 2009

Memorial do Imigrante - nossa história tão perto de nós !

Vocês já tiveram o imenso prazer de conhecer o Memorial do Imigrante, alí mesmo na Rua Visconde de Parnaíba, 1316 - Mooca (Próximo à estação Bresser do metrô - linha Leste-Oeste)?

Pelo menos a cada bimestre, eu e minha família, passamos por lá e andamos de maria fumaça. Essa pequena amostra nos trilhos traz aos nossos corações a forte emoção de sentir e imaginar os nossos antepassados subirem a Serra e desembarcarem em São Paulo para uma nova vida, cheia de esperança.
E, ainda, se você sabe que um de seus avós, tios, bisavós, passaram pela Hospedaria do Imigrante, então, você pode solicitar a emissão do Certificado de Desembarque deles ! É emocionante.

Não percam esta visita!
Um Pouco de História:

A Hospedaria de Imigrantes, onde hoje funciona o Memorial do Imigrante, era um enorme conjunto de prédios destinado a abrigar os recém–chegados nos seus primeiros dias em São Paulo.


Após a cansativa viagem, os imigrantes ficavam na Hospedaria por até oito dias. Em geral esse prazo era suficiente para que acertassem os seus contratos de trabalho. Nesse período utilizavam gratuitamente todos os serviços disponíveis. Lá eles dormiam, faziam as suas refeições, recebiam atendimento médico e conseguiam seus empregos.



Ao longo da sua existência, a Hospedaria passou por algumas reformas que desfiguraram seu o aspecto original. A principal delas ocorreu na década de 1930, quando a fachada do edifício principal assumiu feições neoclássicas.

A princípio, as péssimas condições da hospedaria situada no bairro do Bom Retiro e o crescimento do fluxo imigratório, levaram a Assembléia Provincial, em 1885, a votar lei (n. 56, de 21 de março) autorizando o governo a construir um prédio para o alojamento de imigrantes.


Assumindo o governo da então província de São Paulo, Antonio Queiroz Telles, na época Barão de Parnaíba, escolhe um terreno nas imediações das Estradas de Ferro do Norte e da São Paulo Railway. Em julho de 1886, deu-se início à construção da Hospedaria de Imigrantes do Brás.



O prédio foi construído em forma de "E", com projeto arquitetônico de Antonio Martins Haussler, tendo capacidade para comportar mais de mil imigrantes.

A fachada do prédio, de arquitetura eclética (construção que mistura estilos arquitetônicos e decorativos diversos), tem traços predominantes da arquitetura neoclássica (construções à moda das construções em estilo clássico romano e grego).

Os traços do estilo neoclássico aparecem no emprego dos seguintes elementos, os mais evidentes:
os arcos romanos
arcadas romanas
as colunas
frontão encimando a fachada
cornijas (molduras que formam saliências na parte superior de parede, porta)
parede com saliência com feitio de almofada

O uso do ferro fundido nos parapeitos do corredor no fundo do prédio central e em estrutura ornamentada, como na estação do ramal ferroviário da Hospedaria, caracteriza esta mistura de estilos, própria do Ecletismo.

Passeio de Trem

O trem funciona aos sábados, domingos e feriados, das 10:00 às 17:00 horas, transportando os visitantes do Memorial por trajeto de mil metros, com duração aproximada de 20 minutos. A operação está a cargo de profissionais, todos membros da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária – Regional São Paulo. A estação original da antiga Hospedaria de Imigrantes, construída no final do século XIX, foi demolida na década de 1950, por ocasião de uma grande reforma do complexo de edifícios.
Recorrendo a imagens do acervo iconográfico do próprio Memorial, foram selecionadas todas as fotos de época que retratavam a antiga estação nos mais diversos ângulos.
Hoje, os visitantes que embarcam nos passeios de trem aos sábados, domingos e feriados, têm a perfeita sensação de estar fazendo uma viagem no tempo. Em uma plataforma com ambientação dos idos de 1900, vêem chegar a fumegante Maria–Fumaça, puxando um carro bagagem, correio e chefe–de–trem, de 1914, um carro de passageiros de segunda classe, de 1900, e um carro de passageiros de primeira classe, de 1914, todos inteiramente restaurados no Memorial.

Trata–se de uma das mais perfeitas e românticas reconstituições de época de todo o Estado de São Paulo.
Para o passeio é cobrada uma tarifa de R$ 5,00 (carro de segunda classe) ou R$ 6,00 (carro reservado). Passeios de Bonde
Passeio de Bonde

A linha de bonde que circulava pela Rua Visconde de Parnaíba, passando em frente à Hospedaria de Imigrantes, funcionou de 18 de outubro de 1902 a 5 de dezembro de 1937, com 5 carros percorrendo quase 9 quilômetros
de trilhos.

O bonde Bresser – via Piratininga percorria ruas históricas de São Paulo. Saindo do Largo do Tesouro, passava pelas Ruas General Carneiro, Gasômetro, Travessa do Brás, Piratininga até a Visconde de Parnaíba, virava na Hipódromo e depois Santa Cruz, Bresser, Silva Teles, Maria Marcolina, alcançando a Avenida Rangel Pestana e retornando pela Travessa do Brás, Gasômetro e General Carneiro, voltando ao ponto final/inicial no Largo do Tesouro. O ponto final foi deslocado para o Largo da Sé em 1920.

O Bonde Nº 38, – da fábrica inglesa Hurst Nelson, ano 1912 – tipo aberto, foi totalmente recuperado nas Oficinas da Estrada de Ferro Campos do Jordão e pertenceu à extinta "The City of Santos Improvements Company" e, posteriormente, à "SMTC – Serviço Municipal de Transportes Coletivos", da cidade de Santos, onde encerrou seus trabalhos em 1962.

Os visitantes podem passear no bonde no trajeto Memorial do Imigrante – Estação Bresser do Metrô, por trilhos sobre o leito da Rua Visconde de Parnaíba, pagando uma pequena taxa de manutenção de R$ 2,00, num percurso de 600 metros, com duração de 15 minutos. O Bonde funciona aos domingos e feriados.

Horário de Funcionamento
Visitação De terça a domingo das 10:00 às 17:00 horas (inclusive feriados)
Ingresso
R$ 4,00 (Quatro Reais)
R$ 2,00 (Dois Reais), para estudantes dos ensinos fundamental, médio e superior
Entrada gratuita para menores de 7 (sete) anos e adultos com mais de 60 (sessenta) anos
Entrada gratuita no último sábado do mês no Memorial do Imigrante
Observação: Possuímos acesso a deficientes e lanchonete.

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